viernes, 16 de octubre de 2015

MILITAR: Uma reflexão sobre o ambiente político do período ditatorial (1964-1985) e sua influência no fazer desse profissional.


MATOS, Laiana Abreu[1]
Orientadora: Prof.ª Dra.ª Maria Salânia Barbosa Melo

RESUMO
O presente artigo visou abordar a aplicação do regime ditatorial de 1964-1985, a atuação desta prática no contexto histórico nacional e o perfil do bibliotecário durante esse período. Salientou os objetivos da censura, a sua aplicabilidade no ambiente da biblioteca e centros de informação, o caráter repressor e faccioso que repercutiu em todas as federações nacionais. O controle da liberdade fomentou uma série de fatores prejudiciais para a sociedade, bem como o prejuízo a formação intelectual do civil e a disseminação da informação na sua totalidade. A especificidade do trabalho foi analisar como o ambiente político da ditadura militar influenciou no fazer profissional do bibliotecário no período 1964-1985. A abordagem da função do bibliotecário apresentou características relevantes do fazer profissional desse e trouxe uma reflexão sobre o papel social do bibliotecário. Focalizaram-se ainda as mudanças que ocorreram na área da informação, nesse período, decorrentes da militância dos ditadores. Foi constatada por autores diversos que a ditadura interferiu na produção intelectual e no acesso a informação, assim o bibliotecário teve que reconstruir uma nova política para a biblioteca, no intuito de reintegrar a sociedade e a informação sem atingir os princípios que regiam a política nacional da época.
Palavras-chave: Ditadura militar. Censura. Biblioteconomia. Profissional bibliotecário.

ABSTRACT
The present article aims to approach the application of the dictatorial regime of 1964-1985, its performance in the nation's historical context and the profile of the librarian during that time. Moreove r, it also seeks to point out the goals of the censorship, its applicability to the library environment and information centres and its oppressiveness and factitious character, which reverberated in all the states of the nation. The control of liberty fomented a series of harmful factors to our society, as well as hindered the process of the citizen's intellectual growth and the dissemination of information in its totality. The specificity of this article is, therefore, to assess how the the dictatorship political environment influenced the work of the librarian from 1964 to 1985. The approach of the librarian's function presented relevant information about such professional and serves to raise reflections about their role to society. In addition, the changes that occurred in information sectors at the above mentioned period of time as consequence of the dictatorship have also been brought into focus. It has been noted by various authors that the dictatorial regime interfered with the intellectual production and, also, with the access to information itself, which led the librarian to rebuild a new policy system to the the library, in order to reintegrate society and information without hindering the principles that ruled national policy at the time.

Keywords: Dictatorship. Censorship. Librarian.

1 INTRODUÇÃO

Para a produção do presente artigo, inicialmente, houve a preocupação e a curiosidade de entender como atuou o bibliotecário durante a ditadura militar, esse momento de grande significância para a história da nação brasileira. Igualmente, essa pesquisa desejou complementar as fontes de informação para usuários e comunidade que buscam conhecer a história da biblioteca num passado recente.
 Coube oportunizar, assim, como instigou aos interessados de que esta é uma relevante oportunidade de contemplar a riqueza do tema, pois – na medida em que isso acontece – existem possibilidades de (re)pensar sobre aquilo que o homem já fez, mas também se tem uma maneira curiosa, mesmo que seja pela completa diferença: debater os valores sociopolíticos e questionar as inquietações que perpetuaram durante o período ditatorial no Brasil.
Cabe lembrar que em março de 2014 completaram-se 50 anos do fim da ditadura militar no Brasil e diante dos trabalhos e livros estudados, congressos, espaços de debate e simpósios surgiu, então, o interesse para a execução da pesquisa no campo da biblioteconomia brasileira e sua relação com a ditadura, no que se refere a atuação do profissional bibliotecário durante o período militar no país, tendo em vista a amplitude do assunto.

2 A DITADURA NO BRASIL

Tratando-se da história do Brasil, em 1964 ocorreu um golpe militar que inicialmente trouxe a derrubada do governo de João Goulart e, a partir disso, instaurou-se, em solo brasileiro, uma ditadura que teria duração de aproximadamente vinte e um anos, ou seja, de 1964 a 1985. De acordo com Wasserman (2004, p. 27) “[...] a despeito de ter sido desfechado em nome da segurança nacional e da promessa de defesa e respeito às normas democráticas, o golpe militar de 1964 inaugurou um período de insegurança e arbítrio”. Os três primeiros anos da gestão de João Goulart, quer dizer, de 1962 a 1964, foram marcados por um veloz crescimento das lutas de camadas populares.
Por intermédio dessa ação golpista de meados da década de 1960, um regime de autoritarismo foi estabelecido objetivando a contenção do avanço das forças sociais que, por sua vez, representavam uma ameaça à reprodução do sistema econômico da época. “[...]Tal regime desejava promover as condições necessárias para uma nova e extensa expansão econômica e capitalista[...]”(WASSERMAN, 2004). Em todo o tempo em que a ditadura esteve à frente da administração do país, cinco generais – com nomeação recebida pelo alto comando dos militares – se alternaram no governo da nação brasileira. Esse período iniciou-se com o general Humberto de Alencar Castello Branco e, com o general João Baptista de Figueiredo, ocorreu sua finalização.
Segundo Silva (1985, p. 6),

[...] durante todo esse tempo os comandos militares executaram as tarefas preconizadas pela doutrina que seguiam. “Houve a limpeza da área” com a cassação de mandatos parlamentares e, depois a dissolução dos partidos políticos, ensejando uma reformulação partidária sob medida com o calçado manietante dos antigos chineses, no bipartidarismo bifurcado na Arena e no MDB; no expurgo, nas Forças Armadas, afastando sem condenação, desde os soldados e marinheiros até generais, almirantes e brigadeiros que não concordaram com o golpe; na edição dos Atos Institucionais (os AIs) e Atos Complementares (os ACs) constituindo uma legislação de emergência casuística, de acordo com a conveniência do momento de quem mandava. Tumultuada a política interna, a política econômica geraria o caos.

Aos fatos mencionados por Silva (1985), somam-se ainda os crimes executados pela ditadura, tais como: as violências e as torturas (física, verbal, emocional e institucional) e os múltiplos assassinatos. Ao longo dos vinte anos de regime, muito da criatividade humana brasileira se perdeu, a saber: a contribuição da intelectualidade, assim como a produção cultural, a produção no campo artístico, o movimento estudantil e, por último, a possibilidade de levar a sociedade a uma profunda transformação identidária, em outras palavras, uma sociedade mais desenvolvida. Enfim, todas as tentativas de melhoramento foram totalmente reprimidas com o aparelho estatal.
 A ditadura, em pouco mais de duas décadas, acertou em cheio no projeto de reforma, silenciou boa parte da intelectualidade brasileira, levou o movimento estudantil à desmoralização, sufocou as tentativas de uma nova estética artística na área teatral, cinematográfica e noutras esferas da cultura tupiniquim, suplantou a imprensa politicamente engajada e, de modo grave, oprimiu o projeto educacional e de alfabetização denominado “pedagogia do oprimido” e “[...] atingiu com a morte certos movimentos – como o operário e o camponês [...]” (WASSERMAN, 2006, p. 60).
O período militar legou uma herança de numerosos problemas para o país, tais problemas ainda refletem na atualidade, marcaram profundamente o cenário nacional. Soares (2004, p. 33) indica que, dentre os problemas primários, é possível visualizar:

1) o atraso no desenvolvimento das instituições democráticas; 2) o agravamento das desigualdades sociais decorrente do modelo de desenvolvimento posto em prática pela ditadura, fundado no arrocho salarial e na repressão em geral aos movimentos populares reivindicatórios; 3) a postergação do encaminhamento da solução dos problemas sociais básicos; 4) a colossal e aparentemente impagável dívida externa do país e a contrapartida desta, ou seja, a elevada dívida pública interna; e 5) duas “décadas perdidas” para o desenvolvimento da economia nacional, como resultado, em grande medida, desse endividamento. Assim, a ditadura militar no Brasil encerrou a sua participação de modo negativo em praticamente todos os setores da sociedade, principalmente o das massas trabalhadoras, cujas sequelas dos grandes sacrifícios políticos, sociais e econômicos estão presentes até hoje.

2.1 A Censura no país e na biblioteca.

Durante o regime militar as bibliotecas foram alvos de inúmeros atos de censura, seus acervos foram radical e diretamente atingidos. Por vezes, determinados tipos de livros tornaram-se impedidos de circular nas sociedades, as editoras sofreram represálias diretas do regime militar. Segundo Vergueiro (1987, p. 21), “[...] as publicações de editoras consideradas de ‘esquerda’ pelo regime militar não eram adquiridas, no período de ditadura, por diversas bibliotecas municipais”. Ele ainda observa que: “[...] mesmo após o término ‘oficial’ da ditadura, pressões governamentais têm sido exercidas sobre bibliotecas para que as mesmas deixem de adquirir determinadas publicações” (VERGUEIRO, 1987, p. 21).
Diante dos problemas que a nação brasileira enfrentou na década de 60, 70 e 80 do século XX e as vastas censuras impostas para todos os setores do conhecimento, surgiu então uma problemática que se tornou vetor de tal pesquisa. A partir desse questionamento, o presente estudo analisou como o ambiente político da ditadura militar influenciou no fazer profissional do bibliotecário no período 1964-1985. Assim: a) situou-se nas bibliografias existentes a relação entre biblioteconomia e a Ditadura Militar; b) investigou-se a influência do ambiente político para o profissional bibliotecário; c) ponderou-se sobre as implicações da relação golpe militar X biblioteconomia no período 1964- 1985.
 Alguns trabalhos já existentes contemplaram a intervenção militar nos setores políticos, culturais, educacionais, assim como a censura às editoras, bibliotecas e livros. Na investigação do material disponível, observou-se o escasso relato (ou mesmo uma lacuna) da atuação do bibliotecário na ditadura. Portanto, tal linha de pesquisa pretendeu construir uma análise destes protagonistas sobre olhos críticos, visando compreender como se deu o processo histórico e político do profissional bibliotecário, bem como forneceu material relevante para acadêmicos e estudiosos em geral.
A decisão de mesclar dois temas como ditadura e biblioteconomia, foi de suma contribuição para a consolidação da história da atuação do profissional bibliotecário, por fim oportunizou a realização de um trabalho capaz de condensar detalhes que por vezes não são enfatizados nos centros acadêmicos, mídia, livros e será uma fonte de informação de extrema dimensão. Durante esse regime, as bibliotecas foram alvos de inúmeros atos de censura, seus acervos foram radical e diretamente atingidos.
Contextos sobre a restrição do acesso à informação, a liberdade do pensamento, trazem à tona, mais uma vez, a missão do bibliotecário na época do regime. O controle da liberdade fomentou uma série de fatores prejudiciais para a sociedade, bem como o prejuízo a formação intelectual do civil e a disseminação da informação na sua totalidade.
A maioria dos ditadores autoritários utilizava a censura como forma de coibir a liberdade de expressão, opinião, limitação ou eliminação da sociedade opositora ao regime. Para Martins (2002, p. 384), “[...] o início da censura em nosso mundo é datado do ano de 399 a.C., isto é, com a condenação de Sócrates por haver negado a divindade dos deuses reconhecidos pelo estado”. Restrições eram feitas às publicações de caráter filosófico, científico, técnico ou didático, as que, naturalmente, excluídas à finalidade visada por lei: “Além destas, ficavam livres de verificação as que não versarem sobre assunto como sexo, moralidade, política e bons costumes”, (BRASIL, 1970, p. 212).
O Bibliotecário teve que refazer a seleção das suas coleções devido ao medo. Na época um pequeno grupo militar controlava o político, social, econômico e cultural de toda uma sociedade. Portanto, as instituições que lidam com a cultura e a educação, como a biblioteca, por exemplo, são diretamente atingidas e os profissionais que nelas atuam, assumem uma atitude de “condescendência” com os modos de transmissão do saber ou censurar o que deve ser posto à mão do leitor.
Conforme Leitão (2010), a atuação do profissional bibliotecário deve-se, entre outros fatores, a ser considerá-lo como guardião da memória documental do país. Durante o período ditatorial, os bibliotecários tiveram que tomar algumas decisões sobre o acervo da Biblioteca, em função da necessidade da informação de sua democratização.
3 METODOLOGIA

Com a preocupação de compreender o tema em questão foi adotado como procedimento metodológico o método dedutivo, porque admite hipoteticamente que as conclusões procedem necessariamente às premissas. Noutras palavras, sendo verdadeiras as premissas e o raciocínio dedutivo válido, resta à conclusão ser verdadeira. Portanto, inferimos que a abordagem dedutiva “parte de teorias e leis mais gerais para a ocorrência de fenômenos particulares” (HEERDT, 2014, p. 5).
  O presente artigo também teve como método a pesquisa histórica, porque “como vértice da pesquisa documental, têm como pressuposto de análise, a compreensão dos fenômenos históricos através dos acontecimentos passados” (MAIA et al., 2011, p. 141). Somente com uma análise acurada e imparcial sobre fatos registrados pela história é possível conhecer a essência, o contexto, os personagens, os sentimentos, as ideologias e os objetivos de eventos registrados bibliograficamente.
 Por tal motivo, essa pesquisa teve:
ü  Caráter exploratório, visto que envolve levantamento bibliográfico – objetivando maior familiaridade com o problema, ou seja, entre pesquisador e tema pesquisado. Para tanto, será preciso aperfeiçoar ideias, descobrir intuições e, seguidamente, construir hipóteses – dada a necessidade de conhecer um assunto pouco conhecido e/ou pouco explorado;
ü   Abordagem qualitativa que intenciona decodificar e revelar o significado dos fenômenos do mundo social, reduzindo – nessa perspectiva – a distância entre teoria e dados. Nesta abordagem a descrição tem um papel primordial, “pois é por meio dele que os dados são coletados” (MANNING apud NEVES, 1996, p.1).
Os instrumentos de coletas de dados que foram utilizados: 1) levantamento bibliográficoconsiste numa relação das bibliografias existentes nos acervos das bibliotecas do sistema (livros, artigos de periódicos, dissertações, teses, folhetos) “que visa recolher informações baseando-se, geralmente, na inquisição de um grupo representativo da população em estudo” (AMARO, 2004, p.3).
4 CONCLUSÃO

                   O trabalho foi elaborado a fim de esclarecer o controle do regime militar, as sérias sanções impostas pelos militares nas mais diversas camadas da sociedade e abordou como a censura fora imposta aos diversos ambientes informacionais em especial à biblioteca. Tratou como o bibliotecário estruturou suas ações ainda que de modo discreto e neutro, tendo em vista o receio, medo das implicações do regime imposto na época.
                   O fato histórico, ditadura militar, não modificou tanto a rotina da biblioteca, mas o profissional bibliotecário, assim como qualquer outro profissional e civil que protagonizaram o golpe militar, e não se esquecendo do terror contextualizado pelo momento da ‘revolução’, mantiveram algumas obras sigilosamente guardadas, escondidas assumindo assim um papel de guardião da memória.
                    Não obstante, os ideais ditatoriais trouxeram prejuízos a sociedade e o processo da disseminação da informação, educação, arte e os respectivos profissionais tiveram que tomar medidas que não afetassem os militantes da ditadura.
3.1 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
A pesquisa foi realizada de setembro de 2014 a abril de 2015 de acordo com o cronograma abaixo:
ATIVIDADES
MESES/ANO 2014/2015
Set.
Out/ Nov.
Dez.
Jan.
Abr.
Formulação e escolha do tema





Elaboração do projeto





Levantamento bibliográfico





Leitura das fontes





Conclusão da pesquisa






REFERÊNCIAS

AMARO, Ana; PÓVOA, Andreia; MACEDO, Lúcia. A arte de fazer questionários.
Disponível em:<http://www.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/a_arte_de_fazer_questionario.pdf >.
Acesso em: 12 nov. 2014.

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HEERDT, Mauri Luiz. Procedimentos metodológicos. Disponível em: <https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&
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O_PROJETO_DE_PESQUISA_2004B.doc&ei=tEVmVOq2JYWbNv7AgqAH&usg=A
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em: 12 nov. 2014.

LEITÃO, Bárbara Júlia Menezello. Bibliotecas públicas, bibliotecários e a censura na Era Vargas e regime militar: uma reflexão. Niterói: Intertexto, 2011.

MAIA, Ana Maria Rosete. Pesquisa histórica: possibilidades teóricas, filosóficas e
metodológicas para análise de fontes documentais. História da Enfermagem: Revista Eletrônica, Brasília, v. 2, n. 1, jan./jul. 2011. Disponível em:
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MARTINS, Wilson. A palavra escrita: história do livro, da imprensa e da biblioteca.
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NEVES, José Luis. Pesquisa qualitativa – características, usos e possibilidades. São
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SOARES, Alcides Ribeiro. A ditadura e seu legado: subsídios a crítica acerca da ditadura militar de 1964- 1985.São Paulo: Clíper, 2004. p.33.

VERGUEIRO, W de C. S. Censura e seleção de materiais em bibliotecas: o despreparo dos bibliotecários brasileiros. Ciência da Informação. São Paulo, v.16, n.1, jun. 1987.

WASSERMAN, Claudia. O império da segurança Nacional: o golpe militar de 1964 no BRASIL. In: Ditaduras militares na américa latina. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2004. p.27-43.

WASSERMAN, Claudia. O golpe de 1964: tudo o que perdeu: In PADRÓS; Enrique Serra (Org.). A ditaduras de Segurança Nacional: Brasil e cone Sul. Porto alegre:  Corag, 2006 .p.60.



[1]Graduada em Bacharelado em Biblioteconomia pela UESPI – Teresina – Piauí - Brasil.                       E-mail: matoslaiana@gmail.com Endereço: Rua Almir Fonseca 2480 Bairro: Matinha

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